Discos da década - 4ª Parte


"Álbuns genialmente diferentes" é o tema desta 4ª parte. São sempre complicadas estas classificações pois vou colocar aqui álbuns que se calhar mereciam estar mais acima do que alguns álbuns dos próximos posts, mas não é suposto comparar-se álbuns de categorias diferentes. Aqui ponho os álbuns que são um soco no estômago, diferentes de tudo o que alguma vez ouvi, discos que viram tudo ao contrário, baralham e dão as cartas de olhos cerrados. O ouvinte confunde-se e perde-se na batalha sónica, saindo completamente de rastos.
Em 1º nesta lista situa-se Vision Creation Newsun, um disco que só nos últimos tempos é que começou a bater, mas bateu bastante bem. As primeiras vezes que ouvi achei muito secante, sempre do mesmo, mas rapidamente mudei de ideias e agora é dos meus favoritos. Adoro os ritmos aliados ao barulho e psicadelismo, ideal para sonhar. Os Colour Haze praticam um stoner psicadélico fantástico, progressivo, viciante e extremamente bem executado. Conheço este álbum há mais de um ano e ainda não o digeri em condições. Elixirs é um álbum calmo, com melodias fantásticas, prima pela complexidade, altamente avant-garde. Em The Way The Wind Blows, os A Hawk and a Hacksaw mostram o seu folk tradicional extremamente complexo e de fantástica audição, altamente diferente de tudo. Afrirampo é das bandas que mais gosto na cena de Avant-Japonês. São 3 raparigas a praticar o rock mais esquizofrénico, frenético e enérgico que existe, e também o mais estranho. Fantástico. Os Audible Architecture são uma banda de Avant-Jazz portuguesa completamente desconhecida. Descobri-os num cd de novos talentos da Fnac, mas na verdade os seus constituintes já têm um certo estatuto e idade. Fantástica a técnica e criatividade impostas neste Soul Talk, mas é um cd muito difícil de encontrar na net. Comprem-no que não se arrependerão. Os !T.O.O.H.! são uma banda que me metiam algum medo tendo em consideração as suas tags, mas acabaram por se tornar uma revelação. Adoro a bateria matemática e o baixo virtuoso, uma sonoridade fantástica para estômagos fortes. Nahvalr é um projecto paralelo dos membros de Have a Nice Life e consiste em recolher material open source e fazer black metal. Montes de pessoas na internet puderam mandar os seus samples e músicas para os membros do projecto e estes misturavam tudo a seu gosto. O resultado final é assombroso. Andromeda Mega Express Orchestra figurou entre os melhores de 2009, é realmente um álbum de execução maravilhosa e altamente recomendado a fãs de jazz. The Mother and the Enemy, mais um álbum para quem tem estômago forte.



Ruins, uma banda de avant-garde-noise-zeuhl-math-core-jazz-super-hiper-prog-rock, super caótico, brutal, ouçam. Um bonito álbum é o que se segue, apesar de deprimente, daí o nome Nocturnal Depression. Mais um de Black Metal, mas este mais noisy ao estilo de Nahvalr, Subliminal Genocide é o único álbum de Xasthur que conheço e enche-me bem as medidas, vale bem a pena, nem que seja pela curiosidade. Para quem não conhece, Koenjihyakkei está no mesmo grupo dos Ruins, mas num estilo menos eléctrico, mais cerebral talvez. Khanate faz-me lembrar Kayo Dot a 100%. Principalmente naqueles momentos onde Toby grita desalmadamente, dizendo uma palavra durante 5 segundos, como Gemini Becoming the Tripod. Não só os vocais são idênticos mas também o instrumental drone aliado à bateria, tudo ao estilo destes Khanate. Uma audição muito interessante. Flux Information Sciences foram uma banda que ouvi bastante durante uns tempos, é post-punk industrial muito bom, diferente do que costumamos ouvir, mas um bocado chato de ouvir intensivamente. Sikth é brutalidade sónica, mathcore visceral e Miasma é avant-garde mais "clássico".

Estive para publicar tudo duma vez, tendo em conta que ando sem tempo para fazer a lista desta forma devido ao trabalho que dá. Mas vou continuar, faltam 3 secções e nos próximos dias irá estar completa a lista.

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