Discos da década - 2ª Parte


Nesta etapa coloquei os "Bons álbuns a que falta algo". Basicamente são discos que ouço mas que podiam ser melhores ou até clássicos se fossem menos preguiçosos. Esqueci-me de dizer no post anterior que os álbuns seguem uma certa ordem: a começar na coluna da esquerda de cima para baixo e depois para a da direita, como a lista mais abaixo sugere.

Começando por uma descoberta arriscada, chamo a isto aqueles álbuns que saco de blogues sem ouvir nada antes e sem conhecer o nome. Mas confesso que o nome me chamou a atenção, Volta do Mar é uma banda que tinha potencial mas o disco mostra alguma preguiça. Talvez se tivesse vocais fosse melhor, é uma pena mas continuo a gostar muito dele. Drugs to The Dear Youth é um EP duma excelente banda que podia ser melhor se deixasse de lado o noisy noodling, talvez demonstre falta de criatividade mas cá fico à espera de um lançamento melhor. O que dizer da Hiromi, um grande talento do jazz, impressionante técnica, muito feeling mas o disco torna-se enfadonho de ouvir do início ao fim. Recomendo muito mais que se assista a um concerto, isso sim, uma grande experiência nem que seja com vídeos. Melody Gardot tem uma história triste com final feliz, este Worrisome Heart é uma pérola que merece ser ouvida com cuidado, mas não tem muito potencial de repetição. Marnie Stern é um prodígio do Math-Z.Hill-Rock, mas é apenas mais uma a imitar o bom que se faz. Imita bem mas... Talkie Walkie e Cross são clássicos dentro do género mas que me cansam ouvir inteiros, talvez por serem muito monocromáticos, pouco variados.



Russian Circles e Mono, duas bandas de post-rock que pedem um certo mood para serem ouvidas em condições. Podiam estar bem mais acima se deixassem os clichés do género ao lado do prato, apesar dos primeiros terem uma boa componente matemática. Os Portishead anunciam com este Third um regresso sólido, mas um bocado desilusório para uma banda outrora tão perfeita. Ainda assim é sempre de audição obrigatória e recomendada. Alias é hip hop intelectual e No Age é dream pop para hipsters, ambos grandes discos. Citrus é um álbum que dantes ouvia mais, mas cansei um pouco de ouvir, talvez pela monotonia das faixas. Feels igualmente.

Volta do Mar - At The Speed of Light or Day (2001)
Tera Melos - Drugs to The Dear Youth (2007)
Hiromi's Sonicbloom - Time Control (2007)
Melody Gardot - Worrisome Heart (2008)
Marnie Stern - In Advance of The Broken Arm (2007)
Air - Talkie Walkie (2004)
Justice - Cross (2007)
Russian Circles - Enter (2006)
Mono - One Step More And You Die (2003)
Portishead - Third (2008)
Alias - Resurgam (2008)
No Age - Nouns (2008)
Asobi Seksu - Citrus (2006)
Animal Collective - Feels (2005)

2 postas:

::Andre:: disse...

Clichés nos Mono? Referes-te a esse álbum ou é uma opinião generalizada?

Ar-de-rocker disse...

Neste álbum não tanto, é mais no último.. Essa opinião ajusta-se um bocado às bandas que vão nesta onda post-rock, eu acho que se deixam levar muito pelo que o género pede e esquecem-se de marcar pela diferença... não contesto que os álbuns não sejam bonitos, porque são! Por isso é que dou sempre o benifício da dúvida, mas confundir as bandas é um mau sinal e isso acontece muito dentro deste género. Por exemplo, adoro Godspeed You!, Isis, Pelican, Cult of Luna, Sigur Rós, são bandas com uma personalidade fortíssima e bastante vincada. Não sei se expliquei bem mas acho que entendeste... Mas é bonito Mono, esse álbum em particular :)

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