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Depois de ter finalmente chegado ao fim duma saga que tem uma história muito melhor que a grande maioria dos livros, filmes e séries que vemos no dia-a-dia, decidi escrever sobre um dos assuntos que mais me dá que pensar e reflectir. Metal Gear Solid impressiona, com a sua imersiva, cativante, complexa, fascinante e emocionante história, superior a do que diria 99% dos filmes que saem no cinema. Não é exagero, só quem nunca jogou este jogo é que desmente. Ou então não lhe prestou minimamente atenção. Um enredo ultra-complexo: cada personagem é diferente, cada uma tem os seus segredos, objectivos, vidas que são contadas e narradas ao longo de cutscenes de maneira a fazer lembrar a 7ª arte. Aliás, é nisso em que Hideo se baseia, fazer aproximar um videojogo o máximo possível ao cinema, notam-se muito bem os melhores traços de Hollywood. No capítulo que joguei hoje, o 4º, diz-se que é o último, foi uma das melhores experiências que tive, tendo-me emocionado no fim, inclusivé. Não é a primeira vez num jogo, mas... é complicado. São raros os filmes que me fazem chorar, 1 em 200 talvez.
Infelizmente pouca gente vê este tipo de obras como "arte", mesmo grande parte dos próprios programadores vêm os videojogos como entertenimento. Ora, há jogos que servem para isso como jogos de desporto, corridas, jogos com violência gratuíta (nem todos, óbvio); mas há também um grupo, antigamente muito selecto, de jogos que são sem dúvida peças de arte autênticas, os quais comparo aos melhores filmes, séries e livros. Obras escritas por verdadeiros génios. Metal Gear Solid, Shadow of The Colossus, Indigo Prophecy, Half Life, Ico, Fable, Zone of The Enders, Mirror's Edge, sei lá, a lista continuava MUITO. Com a grande procura, a oferta tende a ser cada vez de maior qualidade, eu próprio vejo grandes dificuldades em acompanhar certos lançamentos pois os jogos são cada vez maiores e mais complicados de jogar, exigem cada vez mais atenção do jogador, o que se torna complicado e por vezes maçador.
Assim como há gente que ouve música comercial e fácil, a maior parte das pessoas que compram uma consola para jogar, não é pela arte mas sim para passar o tempo, e depois dizem que este jogo é melhor que aquele porque se mata mais gajos e tem mais sangue, ou então porque tem mais clubes e tem a finta nova do CR7. E depois defendem com unhas e dentes jogos sem substância, feitos apenas para venda e lucro, assim como as pessoas sem cultura musical defendem um Tony Carreira ou uns D'ZRT. Não os julgo, afinal de contas o mercado dos videojogos sempre serviu para isso, divertimento, entertenimento. E eu próprio os jogo, Fifa, Gran Turismo ou Virtua Tennis hão de fazer parte da minha prateleira para sempre. Mas os tempos mudaram, e os jogos tornaram-se uma forma de arte, uma maneira diferente de a encarar. É preciso que haja mente aberta para o entender, pouca gente a tem, principalmente porque vê os gamers errados, não entendem. Comparo isso aos cépticos em relação à música actual: vêm a MTV e pensam que a actualidade musical não presta, esquecendo completamente outras bandas que possam existir, no Underground e não só, basta perder 15 minutos na net e encontra-se uma panóplia de grandes bandas que ainda o fazem pela arte. É assim, existe muito preconceito contra os gamers, mas ainda tenho esperança que algo mude.
5 postas:
Não sei sabes (provavelmente não), mas os videojogos, desde que com narrativa, são considerados, no meio artístico, como arte. Uma forma de arte, agregada e na vanguarda das tecnologias digitais. Como um todo. Gráfico, banda sonora, conteúdo narrativo. São feitas, inclusive, retrospectivas da obra de grandes criadores (japoneses, por norma...) em galerias de arte contemporânea, logicamente.
Quanto a jogos... só vou jogar o Mafia II, estou em desespero para o ter. Está absurdamente BOM. Vê no youtube. Há já por lá muitos vídeos do jogo em si, do gameplay. Jogo de 2010, certinho. :)
...e Mafia, não sei se jogaste o primeiro, mas é muito bom, no conteúdo narrativo. Mais: o Mafia II ainda está mais próximo da imagem cinematográfica, coisa que no I só acontecia praticamente nas cutscenes. Agora há uma deslocação mais dinâmica, no jogo. É mais, tem barba.
MGSolid lembro-me de jogar na PSx... depois dei-lhe uma facada e voltei-me a Splinter Cell, para o encontrar de novo prai no 3... é pena que este 4 só exista para PS3. Estou a pensar comprar uma, mas mais tarde, quando me tiver casado. haha.
!
"São feitas, inclusive, retrospectivas da obra de grandes criadores (japoneses, por norma...) em galerias de arte contemporânea, logicamente."
A sério? Não fazia ideia, nem sei onde haverá galerias de arte contemporânia. Mas há videos, textos, com isso? Gostava de ler. Claro, os japoneses são aquela base :p
Ya, o Mafia vai ser grande, mas o Heavy Rain também promete... Se não jogaste MGS joga, vale bem a pena. Splinter Cell nunca tive muita paciência, demasiado técnico... mas cheguei a acabar o Pandora Tomorrow.
btw, vais-te casar? :p
Na net nunca me deparei com nada do género. Já li artigos em revistas/jornais/uma folha credível de arte/cultura que costumo comprar e/ou ter acesso. Sou V!I!P. :)
Galerias de arte contemporânea? Estão por todo lado. São como cogumelos, desde que exponham arte de hoje, são contemporâneas... pareces burro. Eu conheço MGS muito bem. Na PSx era um vício... lindo. Mas depois deixei, fiquei-me pelos vídeos de ver jogar. Splinter Cell adoro. Mafia, ainda mais... o 2 está tão bom. Vê no youtube, já lá tem dezenas de vídeos in-game.
O Heavy Rain também deverá ser de um nível bem acima da média, mas não sei se o vou jogar.
Caso-me depois de ter f*dido com 3 mulheres ao mesmo tempo. Tenho de ter essa experiência primeiro. LOL
Oh isso, com sorte encontras mesmo uma página ou outra, nada de elaborado.
Ya, está incrível, e ainda está numa versão experimental, nada definitivo. Vai ficar ainda melhor. Parece que tem vida a cidade, cada pessoa tem algo a fazer, parece que há rotina, tudo tão real. A ver se supera o GTA 4 :)
LOOL fazes muito bem. Já sabes, estou disponível ;pp beijo*
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